Integrantes da Superintendência de Políticas Ambientais da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad e da Regional Ressaca se reuniram nesta quarta-feira (15/9), com moradores do bairro Novo Progresso e adjacências, para debaterem sobre os projetos que serão implementados no Centro de Educação Socioambiental Novo Progresso, batizado pela comunidade de Projeto “Nascentes de um Novo Progresso”.
Esse foi o primeiro encontro presencial realizado no local após a revitalização da área ambiental. Segundo a superintendente de Políticas Ambientais, Sirlene Almeida, o local está sob administração da Semad, mas os projetos serão desenvolvidos em parceria com outras pastas, como Regional Ressaca, a Subsecretaria de Esportes, Secretaria de Desenvolvimento Social e Secretaria de Direitos Humanos.
“Em parceria com a regional, estamos dialogando em busca de novas parcerias que nos ajudarão na administração e ocupação desse espaço. Estamos construindo as ideias para um projeto que vai funcionar a partir de agora, promovendo a convivência harmônica e bem-estar da comunidade, para que todos possam usufruir desse espaço”, afirma Sirlene.
Desde a entrega das obras de revitalização, está acontecendo um projeto de mobilização e educação ambiental, já que a área é importante para a preservação das nascentes e manutenção das áreas verdes.
“Esse é nosso ponto de partida para debater com a comunidade como esse local vai ser usado e ocupado de forma que consideramos sustentável, vivendo com as pessoas e preservando o meio ambiente”, explica Sirlene.
Ouvindo a demanda dos moradores, alguns dos projetos apresentados são a construção de uma horta comunitária, práticas de esporte como futebol para crianças e adolescentes, e atividades físicas ao ar livre.
A administradora da Regional Ressaca, Maria José Pacheco, destacou a importância desse encontro e do diálogo com a comunidade. “Estamos em uma área verde com grande potencial e pode trazer muitos benefícios para os moradores. Estabelecer essa relação é muito importante para conseguirmos alcançar nosso objetivo que é construir projetos socioambientais que serão de benefício de todo”, finaliza.
Moradora da região há mais de trinta anos, Maria de Lourdes Silva, comemorou as intervenções realizadas na área. Segundo ela, o local trazia grandes problemas para os moradores, já que estava abandonado. “Esse lugar dava dó, era mato e entulho, a sede estava destruída. Agora, graças ao esforço de todos, temos um lugar de lazer para os idosos e crianças. Estávamos precisando desse espaço e tenho certeza de que será um espaço de união e alegria para todos nós”.
Lourdes pediu a colaboração de todos para ajudar na manutenção do espaço e incentivou os moradores a participarem dos projetos. Ela será a responsável por organizar os moradores que tenham interesse em participar da horta comunitária que será criada em parceria com o Centro Municipal de Agricultura Urbana e Familiar (CMAUF). “Precisamos da participação de todo mundo para assim cuidarmos de um espaço que é nosso, da nossa comunidade. E não deixem de participar dos projetos que a Prefeitura está organizando, pois são uma forma de preservarmos o local que ficou tão bonito e organizado’, finalizou.
Participaram do encontro representantes da Subsecretaria de Esportes e Secretaria de Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar.
Revitalização
A revitalização da área de 30 mil metros foi realizada este ano pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad e contou com a parceria da Agência Peixe Vivo. A área foi totalmente limpa, o campo de futebol foi recuperado e gramado, as nascentes foram desassoreadas e protegidas, a edificação existente foi recuperada e a encosta que era usada como lixão ganhou um jardim de girassóis.
Os investimentos são provenientes da cobrança pelo uso da água da Bacia do Rio das Velhas que podem ser utilizados no fomento de projetos de recuperação de áreas degradadas em encostas, fundos de vale e nascentes no âmbito da bacia.
Nos últimos 15 anos, o local encontrava-se abandonado e tinha sido transformado em bota-fora causando grandes transtornos aos moradores da região. A proliferação de animais peçonhentos, vetores de doenças, mosquitos, a incidência de queimadas e outros impactos ambientais graves, incomodava toda a comunidade.